23 de julho de 2008

Meu corpo tem veias e sangue
e vida.
Articulações recortam minha pele; abrem, fecham e me colocam em
movimento.
Células que ninguém vê, dançam ao ritmo pulsante do meu
coração.
As unhas crescem e não entendo o por quê [ninguém
entende].
Na boca, os dentes trituram palavras
engasgadas
e a saliva tenta afogar, em vão, esta língua
inquieta.

Vagando pela rua o vento chega aos meus ouvidos
e grita:
“QUER SABER SE ESTÁ VIVO?”
“Não preciso que ninguém me conte”, respondo,
olhando para cima.

Um sorriso brota em meu rosto
e o caminhar me convida a continuar.

Foto de Ana Carolina Rodrigues

2 comentários:

Anônimo disse...

UAU!

anatuta disse...

Senti uma vibe "I'm free to do what i want!" (agora que você pediu as contas! rs)

Reconheceu o prédio? Tirei essa foto do lado do Masp... tenho uma seleção interessante desse dia, vou ver se acho mais alguma!

Beijos