30 de julho de 2008

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23 de julho de 2008

Meu corpo tem veias e sangue
e vida.
Articulações recortam minha pele; abrem, fecham e me colocam em
movimento.
Células que ninguém vê, dançam ao ritmo pulsante do meu
coração.
As unhas crescem e não entendo o por quê [ninguém
entende].
Na boca, os dentes trituram palavras
engasgadas
e a saliva tenta afogar, em vão, esta língua
inquieta.

Vagando pela rua o vento chega aos meus ouvidos
e grita:
“QUER SABER SE ESTÁ VIVO?”
“Não preciso que ninguém me conte”, respondo,
olhando para cima.

Um sorriso brota em meu rosto
e o caminhar me convida a continuar.

Foto de Ana Carolina Rodrigues

2 de julho de 2008

Wall•E

O anúncio do lançamento de um novo filme da Pixar sempre me deixa eufórioco e ansioso. Passo por isso desde 1995, quando, ainda criança, fui apresentado a Woody e Buzz Lightyear, no filme que considero um dos melhores da história: Toy Story.

E, ano após ano, me encontro nessa mesma tortura. Foi assim até o lançamento Monstros S.A, de Procurando Nemo, de Os Incríveis, de Carros e de Ratatouille. Mas sempre, a espera e o sofrimento valem a pena. Sempre.

Com Wall•E, minhas expectativas estavam além do normal. O projeto me instigou desde o momento em que surgiram as primeiras fotos, os primeiros vestígios do que seria o filme mais realista da Pixar. Naturalmente, os doze meses que separam o ratinho cozinheiro do robozinho solitário foram de pura ansiedade.

A espera acabou. E, após ter assistido ao filme, descobri que ele é mais um presente da Pixar para o mundo. É uma experiência cinematográfica ousada, única e cativante. Aliás, cativante é a palavra certa. Hoje, são poucos os filmes que conseguem nos prender na poltrona do começo ao fim. E Wall•E, assim como Ratatouille e as outras obras do estúdio, é o tipo de filme que você torce tanto pelos personagens que precisa se controlar para não gritar no cinema “Corre! Vai pelo outro lado! Não! Aaahhh!”.

E se a Pixar buscou se reiventar, ela não o fez apenas na proposta visual, na inclusão de atores reais, ou na quase ausência de diálogos. O foco da trama de Wall•E também é novo na carreira da produtora. Após ter explorado, sempre de forma memorável, a importância da amizade, em Wall•E eles aproveitam a solidão do robozinho para trazer à tona uma linda história de amor, tema presente em segundo plano nas criações anteriores.

Mas detalhes da história não são necessários aqui. Tudo o que você precisa saber é que o filme tem cenas memoráveis, é brilhante em cada frame e torna-se obrigatório assistí-lo no cinema.

Agora, é aguardar ansiosamente até a chegada de Up, que estréia em 29 de maio de 2009.
Vem aí, mais um ano de tortura...